Encilho um mate a capricho
Que em dueto ao pura-folha
Rima um tom de maçanilha...
– Que é o mesmo ritual antigo,
Antes de lombo e forquilha!
Passo firme, ante as varas
Com a escolta de ovelheiros
Rondando, junto à porteira...
Na boca, a ânsia de norma...
Que a lei primeira do ensino
É sabê escutar a “forma”...
– Que é o mesmo ritual antigo,
Que em cada potro retorna!!!
E “ancim” a vida se afirma
Quando a bota gasta o estrivo,
Onde o próprio campo sabe
Destes ritos, tão só nossos,
Pra algum olhar sensitivo
Num silbo que é sentimento
De quem é pago nativo...!!!
E o laço é arma de guerra
Que sabe escutar o estouro
“Ahicúna”!... Que é linda a “coza”
De quadrá o corpo no embalo,
O tombo bruto de um pealo...
– Que é o mesmo ritual antigo,
Bem deste jeito que eu falo!
Pois, quando o sol sangra à tarde,
Na vaza de apear as garras,
Pro encordoado da guitarra...
...E ela nos conta o que sabe,
Que regressamos os mesmos
De outros tempos vividos...
– Que é o mesmo ritual antigo,
Que ainda teima, bem vivo!!!