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Lyrics
Inaugurando com o galo
As horas cruas da vida,
Encilho um mate a capricho
Bem antes da recorrida,
Na cambona paleteando
Um tronco de curunilha,
Que em dueto ao pura-folha
Rima um tom de maçanilha...
– Que é o mesmo ritual antigo,
Antes de lombo e forquilha!
Passo firme, ante as varas
Da centenária mangueira,
Com a escolta de ovelheiros
Rondando, junto à porteira...
Buçal sovado no braço...
Na boca, a ânsia de norma...
Que a lei primeira do ensino
É sabê escutar a “forma”...
– Que é o mesmo ritual antigo,
Que em cada potro retorna!!!

E “ancim” a vida se afirma
Quando a bota gasta o estrivo,
Onde o próprio campo sabe
Que ele mesmo é motivo
Destes ritos, tão só nossos,
Pra algum olhar sensitivo
Absorvendo o momento
Para devolvê-lo ao vento
Num silbo que é sentimento
De quem é pago nativo...!!!

E o laço é arma de guerra
Pras manhas do pealador,
Que sabe escutar o estouro
Ao golpear no tirador...
“Ahicúna”!... Que é linda a “coza”
De quadrá o corpo no embalo,
Para meter de “cucharra”
O tombo bruto de um pealo...
– Que é o mesmo ritual antigo,
Bem deste jeito que eu falo!

Pois, quando o sol sangra à tarde,
Na vaza de apear as garras,
Eu retrato as gauchadas
Pro encordoado da guitarra...
...E ela nos conta o que sabe,
No mistério dos sonidos:
Que regressamos os mesmos
De outros tempos vividos...
– Que é o mesmo ritual antigo,
Que ainda teima, bem vivo!!!

WRITERS

ALEX CABRAL, DIEGO AUGUSTO MULLER, ZULMAR BENITEZ

PUBLISHERS

Lyrics © ONErpm, ONERPM PUBLISHING INC

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