(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)
Quando olhei a terra ardendo qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu por que tamanha judiação (2x)
Que braseiro, que fornalha, nenhum pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado, morreu de sede meu alazão (2x)
Inté mesmo a Asa Branca bateu asas do sertão
Entonce eu disse: adeus, Rosinha, guarda contigo meu coração (2x)
Hoje longe muitas léguas nessa triste solidão
Espero a chuva cair de novo pra eu voltar pro meu sertão (2x)
Quando o verde dos teus olhos se espaiá na plantação
Eu te asseguro, não choeres não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração (2x)
Esse mesmo meado de leitura Patativa do Assaré retomou em sua “Triste Partida”, talvez a música mais pungente do vasto repertório da música popular brasileira.
E a linda pequena tremendo de medo
Mamãe meu brinquedo, meu pé de fulô
Meu pé de roseira, coitado ele seca
E a minha boneca também lá ficou....
A partida é sempre alicerçada na esperança do retorno. O sertanejo não parte por prazer, parte por necessidade, empurrado pelas vicissitudes da vida. Quando novas condições de apresentam o retorno sempre se faz.
Quando o verde dos teus óios
Espero a chuva cair de novo
Mais alegre que a natureza
Me "arrecordo" de Rosinha